D. Maria I
(1734 - 1816)
O seu primeiro ato como rainha, foi a demissão e exílio da corte do marquês de Pombal, a quem nunca conseguiu perdoar a forma brutal como tratou a família Távora durante o Processo dos Távora.
Rainha, dedicada a obras sociais, concedeu asilo a numerosos aristocratas franceses que vinham fugidos do terror da Revolução Francesa (1789-1799).
Rainha melancólica e extremamente católica, de natureza tão sensível que quando vários homens entraram numa igreja com intenção de roubar os bens preciosos e espalharam hóstias pelo chão, decretou nove dias de luto, adiou os negócios públicos e acompanhou a pé, com uma vela, a procissão de penitência que percorreu Lisboa.
O seu reinado foi de grande atividade legislativa, comercial e diplomática, na qual se pode destacar o tratado de comércio que assinou com a Rússia em 1789.
Desenvolveu a cultura e as ciências,
No âmbito da assistência social, fundou a Casa Pia de Lisboa.
Incapacitada, Maria viveu no Brasil por oito anos, sempre em estado infeliz.
Morre no Convento do Carmo, na cidade do Rio de Janeiro, a 20 de março de 1816, aos 81 anos de idade. Após as cerimônias fúnebres, seu corpo foi sepultado no Convento da Ajuda, também no Rio de Janeiro.
Com a sua morte, o Príncipe Regente João foi aclamado Rei de Portugal e do Brasil.
Em 1821, após o regresso da Família Real a Portugal, seus restos mortais foram transladados para Lisboa e sepultados num sepulcro na Basílica da Estrela, igreja que a própria rainha mandou construir.