Dom João I
(1357 1433)
João, conhecido como o Mestre de Avis e apelidado de "o de Boa Memória", foi rei de Portugal de 1385 até sua morte, sendo o primeiro monarca português da Casa de Avis.
Era o filho ilegítimo do rei D. Pedro I de Portugal com uma senhora comum chamada Teresa Lourenço, sendo escolhido e aclamado como rei durante a Crise de 1383–1385.
Com o apoio do condestável do reino, Nuno Álvares Pereira, e aliados ingleses travou a Batalha de Aljubarrota contra o Reino de Castela. que invadira o país. A vitória é decisiva resultando na retirada de Castela que acaba por reconhecer oficialmente D. João como rei. Para selar a aliança Luso-Britânica D. João casa com Filipa de Lencastre, dedicando-se desde então ao desenvolvimento do reino.
Em 1415, conquistou Ceuta, praça estratégica para a navegação no norte de África, e dá inicio à expansão portuguesa. Aí foram armados cavaleiros os seus filhos D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique, irmãos da chamada ínclita geração.
O seu interesse pelo conhecimento é também passado para os seus filhos, designados por Luís Vaz de Camões, nos Lusíadas, por “Ínclita geração”; o rei D. Duarte I de Portugal foi poeta e escritor, D. Pedro Duque de Coimbra o “Príncipe das Sete Partidas”, tendo sido um dos príncipes mais esclarecidos do seu tempo e o Henrique Duque de Viseu, “o navegador” que investiu toda a sua fortuna em investigação relacionada com navegação, náutica e cartografia, dando início à epopeia dos Descobrimentos.
No reinado de D. João I foram descobertas as ilhas de Porto Santo (1418), a Ilha da Madeira (1419) e os Açores (1427), além de se fazerem expedições às Canárias.
Teve início, igualmente, o povoamento dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
João faleceu a 14 de agosto de 1433. Jaz na Capela do Fundador, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.