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Datas que marcaram Portugal

24 de junho de 1128

Batalha de São Mamede – Travada entre D. Afonso Henriques e sua mãe D. teresa, após a vitória de D. Afonso Henriques com as tropas dos barões Portucalenses contra as tropas do Conde galego Fernão Peres de Trava, D. Afonso Henriques auto proclama-se Soberano do Condado Portucalense.

5 de Outubro de 1143

Tratado de Zamora – Resultante da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo D. Afonso VII de Leão e Castela. Considerada a data da independência de Portugal e início da dinastia Afonsina. D. Afonso Henriques ou Afonso I – Primeiro Rei de Portugal.

14 de Agosto de 1385

Batalha de Aljubarrota – tropas portuguesas comandadas por D. João I de Portugal e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano e seus aliados liderados por D. João I de Castela. O resultado foi a derrota definitiva dos castelhanos, o fim da crise de 1383-1385 e a consolidação de D. João I, Mestre de Aviz , como Rei de Portugal, o primeiro da Dinastia de Avis. A Aliança Luso – Britânica saiu reforçada desta batalha e seria selada um ano depois, com a assinatura do Tratado de Windsor e o casamento do rei. D. joão I com D. Filipa de Lencastre.

21 de Agosto de 1415

Conquista de Ceuta – D João I envia tropas portuguesas para o Norte de África com o objetivo de aumentar a expansão da fé cristã através do incremento de territórios onde o cristianismo poderia ser implementado. A posição geográfica de Ceuta permitiria controlar a entrada e saída dos navios vindos do Atlântico para o Mediterrâneo e vice-versa através do estreito de Gibraltar, de forma a que a costa do Algarve parasse de ser atacada por piratas oriundos ou baseados na cidade muçulmana.

1434: Dobragem do Cabo Bojador

Gil Eanes enviado pelo Infante D. Henrique tinha como objetivo dobrar o Cabo Bojador conhecido como “cabo do medo” que nunca tinha sido dobrado devido aos frequentes nevoeiros e ventos fortes. Gil Eanes aparelhou uma barca de 30 toneladas, com um só mastro, uma única vela redonda, parcialmente coberta e também movida a remos. Com uma tripulação de apenas 15 homens. Gil Eanes ao chegar nas proximidades do Cabo do Medo, decidiu manobrar para oeste afastando-se da costa africana. Após um dia inteiro de navegação longe da costa, deparou-se numa baia de ventos amenos, dobrando então para sudeste e logo percebeu que tinha deixado o Cabo Bojador para trás. A passagem do Cabo Bojador foi um dos marcos mais importantes da navegação portuguesa. Derrubou os velhos mitos medievais e abriu caminho para os grandes descobrimentos. 

1488: Dobragem do Cabo da Boa Esperança

Descoberto pelo Navegador Bartolomeu Dias. Contam as crónicas da época que, como foi avistado depois de vários dias em que os marinheiros sofreram violentas tempestades (tormentas), aquele navegador lhe pôs o nome de cabo das Tormentas. Ao retornar, entretanto, com a notícia, o rei D. João II de Portugal mudou-lhe o nome porque, ao ser dobrado, mostrou a ligação entre o oceano Atlântico e o oceano índico e prometia a tão desejada chegada à índia. Chamou-lhe, por isso, o cabo da Boa Esperança.

7 de Junho de 1494: Tratado de Tordesilhas

Assinado na povoação Castelhana de Tordesilhas foi o tratado celebrado entre o Reino de Portugal e a Coroa de Castela para dividir as terras “descobertas e por descobrir” poe ambas as coroas fora da Europa. O Tratado definia como linha de demarcação o meridiano 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão no arquipélgo de Cabo Verde. Esta linha estava situada a meio caminho entre estas ilhas (então portuguesas) e as ilhas das Caraíbas descobertas por Colombo.

1497-1499: Descoberta do caminho marítimo para a índia

Sob o comando do navegador português Vasco da Gama durante o reinado do Rei D. Manuel I. Uma das mais notáveis viagens da era dos descobrimentos.

22 de Abril de 1500: Descoberta do Brasil

Frota comandada por Pedro Álvares Cabral ao território onde hoje se localiza o Brasil. Pedro Alvares Cabral parte em março com 1300 tripulantes com o objetivo de chegar à Índia, devido a uma grande tempestade a armada viu-se obrigada a mudar a sua rota para sudoeste, acabando por chegar à América do Sul, Ilha de Vera Cruz.

23 de Maio de 1536

Instituída a Inquisição em Portugal.

4 de Agosto 1578: Batalha de Alcácer Quibir

Batalha travada a Norte de Marrocos perto da cidade de Alcacer Quibir entre Tânger e Fez. Os portugueses liderados pelo rei D. Sebastião combateram um grande exercito marroquino liderado pelo sultão Mulei Moluco que gozado do apoio Otomano. A batalha resultou na derrota portuguesa, com o desaparecimento em combate do rei D. Sebastião e o aprisionamento ou morte da nata da nobreza portuguesa. Nasce assim o mito do Sebastianismo: “Enfim acabarei a minha vida e verão todos que fui tão afeiçoado á minha Pátria que não só me contentei de morrer nela, mas com ela,” Luis de Camões.

1 de Dezembro de 1640: Restauração da Independência

É a designação dada ao golpe de estado revolucionário ocorrido a 1 de dezembro de 1640, chefiado por um grupo designado de Os Quarenta Conjurados e que se alastrou por todo o Reino, pela revolta dos portugueses contra a tentativa da anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da Dinastia filipina castelhana, e que vem a culminar com a instauração da 4.ª Dinastia Portuguesa - a casa de Bragança - com a aclamação de D. João IV.

1 de Novembro de 1755: Terramoto de Lisboa

Resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, especialmente na zona da Baixa, e atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve e Setúbal. O sismo foi seguido de um maremoto - que se crê tenha atingido a altura de 20 metros - e de múltiplos incêndios, tendo feito certamente mais de 10 mil mortos. Foi um dos sismos mais mortíferos da história. Os sismólogos estimam que o sismo de 1755 atingiu magnitudes entre 8,7 a 9 na escala de Richter.

18 de Outubro de 1807: Primeira Invasão Napoleónica

Inserido no plano de Napoleão para impor o Bloqueio Continental a toda a Europa. Portugal não aceita tal bloqueio e como consequência, um exercito francês comandado pelo general Junot invade Portugal resultando na fuga da família real para o Brasil (1807-1821). Com a ajuda do exercito Inglês comandadas por Wellington as tropas francesas são derrotas e forçadas a abandonar Portugal.

24 de Agosto de 1820: Revolução Liberal

A Burguesia mercantil via os seus negócio ameaçados com a abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional. A Guarnição do Porto sentia-se revoltada com a falta de pagamento. Os comerciantes da cidade descontentes iniciam a revolução com o apoio de todas as camadas sociais (Nobreza; Clero e Exercito Português). Dá- se um movimento revolucionário liberal que veio marcar o fim do Antigo Regime e instituí uma Monarquia Constitucional.

1 de Fevereiro de 1908: Regicídio

Ocorrido na Praça do Comércio (na época mais conhecida por Terreiro do Paço) em Lisboa, marcou profundamente a História de Portugal, uma vez que dele resultou a morte do rei D. Carlos e do seu filho e herdeiro, o Príncipe Real D. Luís Filipe de Bragança, marcando o fim da última tentativa séria de reforma da Monarquia Constitucional e, consequentemente, uma nova escalada de violência na vida pública do País.

5 de Outubro de 1910

Implementação da República - foi o resultado de uma revolução organizada pelo Partido Republicano Português, iniciada no dia 2 e vitoriosa na madrugada do dia 5 de outubro de 1910, que destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.

28 de Maio de 1926: Ditadura Militar

Golpe militar de cariz nacionalista e antiparlamentar que pôs termo à Primeira República Portuguesa. Ato que leva à implantação da Ditadura Militar, com a publicação de um decreto ditatorial que nomeou o general Carmona para presidente da República.

1930 – 1974: Salazarismo

António de Oliveira Salazar jovem economista nascido em Santa Comba Dão, seminarista, homem da Acão Católica, torna-se Chefe do Governo, em 1933 consolida a sua ditadura fazendo aprovar uma nova Constituição com base corporativa e confessional e dissolvendo os partidos políticos. Nasce assim o Estado Novo. Entre 1939 e 1945 Portugal não entra na II Guerra Mundial, Salazar, simpatizante de Mussolini e de Hitler, quando começa a ver que as suas derrotas estão perto alia-se ao americanos cedendo algumas bases nos Açores às forças aliadas.

4 de Fevereiro de 1961: Guerra Colonial

Período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, entre 1961 e 1974.

23 de Setembro 1968: Tomada de Posse Marcelo Caetano

Salazar cai da cadeira e fica bastante doente. Operado a 4 de Setembro de 1968 ao hematoma cerebral causado pela famosa queda da cadeira, Salazar piora, e os médicos declaram a sua incapacidade física e psicológica para permanecer no exercício das suas funções. O Presidente da República Américo Tomás demite Oliveira Salazar, facto que o velho ditador ignorará até ao fim, sendo montado à sua volta um teatro para este pensar que ainda tem nas suas mãos os destinos de Portugal. Após ouvir cerca de 40 personalidades das elites políticas, militares, assim como figuras financeiras do regime, o Presidente Américo Tomás designa para o lugar de Salazar o Prof. Marcelo Caetano.

25 de Abril de 1974: Revolução dos Cravos – Na madrugada de 25 de Abril militares do MFA ocuparam os estúdios do Rádio Clube Português e, através da rádio, explicaram à população que pretendiam que o País fosse de novo uma democracia. Punham no ar músicas de que a ditadura não gostava, como Grândola Vila Morena uma das músicas que fazia parte dos sinais de código para dar o arranque das operações estas eram canções de Paulo de Carvalho e Zeca Afonso. Ao mesmo tempo, uma coluna militar com tanques, comandada pelo capitão Salgueiro Maia, sai da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, e marcha para Lisboa. Na capital, toma posições junto dos ministérios e depois cerca o quartel da GNR do Carmo, onde se tinha refugiado Marcelo Caetano, o sucessor de Salazar à frente da ditadura. Durante o dia, a população de Lisboa foi-se junta-se aos militares. O que era um golpe de Estado transforma-se numa verdadeira revolução. A certa altura, uma vendedora de flores começa a distribuir cravos, começando os soldados a enfiar o pé do seu cravo no cano da espingarda e os civis punham a flor ao peito. Nasce assim a revolução dos cravos. Ao fim da tarde, Marcelo Caetano rende-se e entrega o poder ao general Spínola. Um ano depois os portugueses votam pela primeira vez em liberdade.

12 de Junho de 1985: Adesão à União Europeia

Portugal assinou o tratado de adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE). O primeiro-ministro Mário Soares liderou a comitiva que formalizou, no Mosteiro dos Jerónimos, a entrada do país no projecto europeu.

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